segunda-feira, 6 de julho de 2009

Agetran quer diminuir violência com educação no trânsito

A Divisão de Educação da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) está desenvolvendo um trabalho de prevenção à violência no trânsito em torno de alguns eixos centrais. A principal diretriz leva em conta a necessidade de mudança de comportamento dos motoristas.

“O trabalho tem que ser feito em cima da sensibilidade dos motoristas, porque consciência todos nós temos sobre o respeito às leis de trânsito”, afirma a Chefe da Divisão de Educação da Agetran, Ivanise Rotta. Para ela o trânsito é um reflexo da sociedade em que vivemos, na qual ainda predomina o imperativo de que “somos os donos da rua, precisamos mudar essa cultura, e valorizar a idéia de que o coletivo está à frente do interesse individual”.

As principais infrações cometidas pelos motoristas na Capital são ultrapassar o sinal vermelho e dirigir falando ao celular ou em alta velocidade. Os especialistas no assunto acreditam que as vias largas da cidade incitam os condutores a dirigir numa média de 80Km/h, quando a velocidade não deveria ultrapassar 60 Km/h.

A proposta do departamento de educação da Agetran é de realizar campanhas educativas permanentes, e de firmar parcerias com as empresas para viabilizar o projeto. “Essas campanhas não podem ser pontuais, porque a ação esporádica apresenta um reforço positivo apenas para quem já é um bom cidadão e um bom motorista no trânsito”, explica Ivanise.

Outra questão enfocada pelos educadores no trânsito é alterar o conceito de que as crianças podem ser multiplicadoras e aliadas no projeto de reeducar os motoristas. De acordo com a Chefe da divisão educacional da Agetran “não se pode dar essa responsabilidade para as crianças, quem tem que cuidar delas são os pais. As crianças têm apenas que cuidar de si mesmas como pedestres, ciclistas e passageiras para que, no futuro, saibam ser boas motoristas”, alerta.

Estatísticas no trânsito

Os estudos empreendidos pelos órgãos de trânsito revelam que qualquer infração cometida pelo motorista pode causar acidentes com vítimas fatais. As análises também apontam que 95% dos acidentes registrados no país são provocados por falha humana, e apenas 5% deles resultam de falha mecânica ou da via pública.

De janeiro à maio deste ano o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) registrou 2.801 acidentes em Campo Grande. Desse total 1.975 colisões foram com vítimas não fatais, e 24 com vítimas fatais.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2008, Mato Grosso do Sul ocupou o segundo lugar no país (perdendo apenas para Santa Catarina) em mortes no trânsito para cada 100 mil/habitantes.

Fonte/Autor: Júlia Torrecilha

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